Marie Antoinette (Japão, França, USA, 2006)
Havia uma enorme expectativa em torno do último filme de Sofia Coppola antes de seu lançamento ano passado, em Cannes. A recepção fria que teve lá fez com que ficasse com uma aura de filme ruim sem ser laureado como os anteriores dela: As Virgens Suicídas (USA, 1990) e Encontros e Desencontros (USA, Japão, 2003). Vendo o filme pode-se perceber os porquês. Primeiramente ele não se leva muito a sério, sendo composto por canções pop dos anos 80 e esteriotipando os franceses da época (e ser lançado em Cannes foi muito arriscado nesse sentido). Por outro lado essas razões estão longe de ser um defeito já que a ligação de Sofia com seu público acontece da mesma maneira que nas obras anteriores. A afetação e a trilha-sonora só incrementam os fabulosos cenários e figurinos criados para a produção. Infelizmente todo o cuidado com o que se vê e se ouve não se reflete na narrativa, que vez por outra se arrasta. Ainda assim a diretora se mostra cada vez melhor em criar cenas memoráveis, que existem aos montes nesse filme, usando e abusando do rosto (e das covas) de Kirsten Dunst, único grande destaque num elenco regular. Completando o que muitos estão chamando de "trilogia feminina", Sofia se afirma a cada filme como autora. Papai deve estar orgulhoso.
***1/2
Comentários
gostei do blog :D