O Labirinto do Fauno (México, Espanha, USA, 2006)

O ano de 2006 foi a prova definitiva da força de três cineastas mexicanos na atual cinematografia mundial: Alfonso Cuarón com Filhos da Esperança, Alejandro González Iñárritu e seu controverso Babel e, por fim, Guilhermo del Toro no comando de O Labirinto do Fauno, sua outra visão sobre o período da Segunda Guerra, na Espanha de Franco, dividindo a temática com A Espinha do Diabo, sua produção de 2001. Da mesma forma que seu outro filme tratava dos horrores da guerra pelos olhos de um menino, na nova produção del Toro parte do ponto de vista de uma menina, Ofélia. Leitora assídua de contos de fada, ela se muda com a mãe, que está grávida, para uma base de operações de militares fascistas, do qual seu padastro é líder. Próximo a base, Ofélia encontra um labirinto de pedras que irá mudar o rumo da vida de todos os personagens. Tentando fugir da realidade de violência e solidão que a cerca, ela encontra um fauno, que lhe oferece uma chance de mudar sua vida, desde que ela esteja disposta a lhe oferecer algo em troca. Como é de praxe em seus filmes, o diretor abusa dos elementos gráficos, seja na ótima fotografia em tons melancólicos, seja nas cenas de violência, de uma intensidade quase pornográfica ou ainda nos ótimos efeitos especiais e de maquiagem, prova de que alguns mercados não hollywoodianos dispõe de técnica tão boa quanto os ianques. Obviamente o fato de del Toro já ter feito 2 filmes de sucesso no mercado americano, Blade 2 e Hellboy, o ajudou a conseguir meios para realizar seu novo filme e o levar a concorrer à 6 merecidíssimas categorias no oscar desse ano, levando 3 estatuetas para casa. Agora é se preparar para Hellboy 2, mas sem esperar a explosão de criatividade que seus filmes mais sérios carregam.


****1/2

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