C.R.A.Z.Y (Canadá, 2005)


Apesar daquele papo "o cinema morreu" e blábláblá, todo ano são lançados filmes que nos fazem acreditar que a arte do cinema ainda pode nos fazer pensar e refletir por horas, dias até. C.R.A.Z.Y, produção canadense, se encaixa nessa categoria. Pegando As Invasões Bárbaras, também produzido por lá, como exemplo, é possível perceber que são ambas produções com apelo emocional fortíssimo, que tratam principalmente de questões relacionadas à família e seus conflitos de gerações, focando principalmente na relação pai e filho. C.R.A.Z.Y acompanha a trajetória dos Beaulieus por aproximadamente 1/4 de século e faz com que o espectador se importe com o fim que cada um terá, mérito do roteiro e das atuações impecáveis. Mesmo delineando muito bem seus personagens, o diretor nos entrega um guia-protagonista através de suas descobertas (com ênfase nas sexuais) e decepções num contexto pop-gay-religioso que alguns podem não engolir. Adicione uma ótima trilha-sonora e um diretor com talento para compor cenas antológicas (uma palavra: Bowie). Espero que esses elogios cumpram seu papel: fazer o maior número possível de pessoas assistirem essa obra. Cult instantâneo.


****1/2

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