Inglorious Basterds (USA, Germany, 2009)

Tarantino me surpreende a cada novo filme. Acho Cães de Aluguel um filme bacana e Pulp Fiction bem costurado (mas überestimated). É em Jackie Brown que ele realmente começou a me interessar. Mesmo sendo considerado seu menor/pior filme, é ali que ele começa a dar mais valor aos seus personagens, deixando um pouco de lado as frases de efeito e focando um pouco mais no lado humano da coisa toda, algo que seguiu com Kill Bill (principalmente na segunda parte). O ainda inédito no Brasil Death Proof é uma brincadeira a parte (ainda que divertídissima). Agora com Bastardos Inglórios ele parece começar uma nova fase. Pelo que conhecia de Tarantino eu esperava ver um bando de judeus matando nazistas das formas mais escatológicas e engraçadas possíveis. Qual não foi minha surpresa ao perceber que isso é o que menos importa no filme. Sim, existem nazistas sendo mortos (vários, aliás) mas toda a construção dessa reimaginação do nazismo é tão fascinante e tão centrada em diálogos que ao fim da sessão eu não pude deixar de aplaudir por dentro. Calma, o filme é um sanduíche tarantiniano do primeiro (o uso de Morricone na trilha) até o último segundo (frase de efeito), mas o recheio está mais refinado. Cães de Aluguel era uma coxinha bem empanada. Bastardos é caviar.

Hail Taratino!


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