Oscar 2011


Com seus 83 anos, a cerimônia do Oscar continua sendo a principal premiação dentro da sétima arte. Ainda considerado um prêmio bastante conservador, tendo sua antítese em Cannes, a cerimônia nunca agrada a todos, mas uma vez por ano gera uma comoção entre pessoas que, geralmente, não se importam tanto com cinema.

É impossível falar de Oscar sem considerar toda a indústria na qual ele está inserido. Ser indicado a uma estatueta pode ser um atestado de qualidade, mas mais que isso, uma certeza de bons rendimentos. Alguns dos filmes indicados são sucesso muito antes das nomeações, enquanto outros, que a priori não levariam multidões ao cinema, ganham muito de seu total nas bilheterias depois de serem indicados.

Tendo assistido pelo menos umas 12 cerimônias até hoje, posso dizer que essa foi uma das únicas vezes que não me senti frustrado. Sim, A Rede Social e Cisne Negro teriam sido minhas primeiras escolhas, mas de um ponto de vista mais conservador, O Discurso do Rei, que é um ótimo filme, acabou se tornando a escolha óbvia. O pior foi também ter premiado seu diretor, que mesmo tendo feito um trabalho super competente, não tem a bagagem e o já comprovado talento de outros indicados, que talvez um dia ganhem o reconhecimento entregue ao novato sortudo.

A ausência de Tron entre os indicados aos prêmios técnicos, a cara de chapado de James Franco e a insistência da Rede Globo em comprar os direitos para a exibição da cerimônia (mesmo só começando a exibi-la com mais de uma hora de atraso) continuam um mistério para mim.

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