Whiplash (USA, 2014)


Estreando como um dos possíveis indicados ao próximo Oscar, Whiplash é um exemplo perfeito de narrativa clássica executada à perfeição, ou quase.

Tendo como base um tipo de relação já utilizado à exaustão pela sétima arte, a relação entre mestre e aprendiz, o diretor Damien Chazelle consegue surpreender utilizando elementos batidos e óbvios.

Andrew (o promissor Miles Teller), típico personagem deslocado presente nesse tipo de narrativa, estuda em uma prestigiada escola de música sem nunca sobressair-se, até ser percebido pelo docente mais importante da instituição (o fenomenal  J.K. Simmons) e ter sua vida mudada para sempre.


É a partir de uma premissa tão banal e cliché que somos jogados em um duelo de egos, abusos, frustrações, sangue e band-aid.  As aulas de música têm o maior tempo de tela e são as melhores sequências do filme. Também é digna de nota a escolha acertada em ter como protagonistas dois personagens tão cheios de falhas, sendo difícil para o espectador se identificar com qualquer um deles. Não existe o bom e o mau, mas sim perspectivas diferentes para um mesmo objetivo: alcançar a excelência.


Podendo ser considerado um irmão menor do recente Cisne Negro, Whiplash é uma espécie de estudo sobre ambição e de como ela pode trazer o que há de melhor e de pior nas relações que travamos com qualquer pessoa, incluindo nós mesmos.

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